segunda-feira, 22 de setembro de 2014

PROJETO BLOG NA ESCOLA - Educação, Cultura, Tecnologia e Empreendedorismo



Na última sexta-feira (19.09.14), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) de Cocal realizou o Projeto Blog na Escola - Educação, Cultura, Tecnologia e Empreendedorismo, onde abordou a educação profissional, direitos trabalhistas, apresentações culturais, e o lançamento do 1º blog de Cocal voltado exclusivamente para educação e cultura.
Dentre os objetivos do projeto, destaca-se:

·       Abrir novos canais de comunicação entre alunos e professores, alunos e comunidade, e alunos e o mundo, favorecendo sua aprendizagem tanto curricular, quanto tecnológica e profissional;
·       Fazer do curso técnico uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos, pô-los em prática e ser valorizado pelos seus esforços, gerando um ciclo teoria-prática agregador de experiências e valores enriquecedores que possam ser utilizados no futuro exercício da profissão.
·       Oferecer um serviço de informação educacional e cultural à sociedade cocalense por meio de um blog.
No cronograma, o projeto foi dividido em duas partes, onde pela manhã houve torneio de futsal entre as equipes femininas e masculinas do Pronatec contra a turma de 3º ano da Alternância do CEEP Rural, sendo que esta última ganhou o torneio feminino com o placar de 3x2, e o masculino por 9x2.
 Equipe feminina de futsal Alternância (Alunas do curso Técnico em Agropecuária)
 Equipe feminina de futsal Pronatec (Alunas do curso Técnico em Contabilidade)
Equipe masculina de futsal Pronatec (Alunos do curso Técnico em Contabilidade)
Equipe masculina de futsal Alternância (Alunos do curso Técnico em Agropecuária)


Equipes vencedoras
O segundo momento foi a noite, que iniciou-se com a exibição do hino nacional e formação da mesa de honra, seguida da fala da gestora do CEEP Rural Dep. Ribeiro Magalhães, Ana Lúcia Neres, do Apoio Pedagógico do Pronatec de Cocal, Prof.ª Francisca Maria Sousa Santos, e da Coordenadora Pedagógica do CEEP Rural, Ivonete Rodrigues de Brito Araújo.
Prof.ª Francisca Maria Sousa Santos
- Apoio Pedagógico do PRONATEC de Cocal
Ana Lúcia Neres
- Diretora do CEEP Rural Dep. Ribeiro Magalhães

Ivonete Rodrigues de Brito Araújo
- Coordenadora Pedagógica do CEEP Rural Dep. Ribeiro Magalhães
 
Leônio dos Santos Souza
-Prof. criador do projeto Blog na Escola
 
Ronaldo Ribeiro, Vanessa Bandeira e Leônio Suza
 
 
 O Grupo de capoeira Salve Brasil, há 03 anos em Cocal, abriu as apresentações culturais.

Os alunos do curso Técnico em Contabilidade do Pronatec produziram videos sobre a história de Cocal, diretos dos trabalhadores de se sindicalizarem e sobre o trabalho das empregadas domésticas.
A Academia de Karatê Koryu-Kai de Cocal fez uma exibição surpreendente. 
 

Dentre muitas outras exibições, o projeto encerrou-se com um desfile de roupas recicláveis, todos os modelos criados pela aluna Karina, aluna de Contabilidade. Após, os alunos e apoio pedagógico comemoraram o encerramento do penúltimo módulo do curso e se despediram dos professores que não vão estar com eles no último módulo, os professores Leônio Souza e Vanessa Bandeira. 

 Saia de jornal
 
Macaquinho de papel crepon
 
Top de cartas de baralho e saia de papel reciclado
  
Saia florida de EVA
Saia com cauda feita de copos descartáveis
Saia com cauda feita de copos descartáveis
 
  
Despedida do II Módulo
A realização deste projeto proporcionou um momento de informação, cultura, emprego de tecnologia e visão empreendedora em meio à nossa sociedade, notando que todos estes aspectos fazem parte do nosso cotidiano, mas que precisamos reconhecer isso. 
Construir uma sociedade que valorize a sua cultura e priorize a educação visando uma profissionalização, um espaço no mercado de trabalho, é uma missão individual e coletiva. 
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) existe desde 2011 formando novos profissionais no mercado de trabalho em consolidação com a educação básica. Em Cocal, desde 2013 vem preparando profissionais para atuarem como técnicos em Contabilidade, tendo como Unidade Ofertante o CEEP Rural Dep. Ribeiro Magalhães, que há anos oferece cursos técnicos profissionalizantes na área de Agropecuária, Agroindústria, Administração, Edificações, Fruticultura e Informática. Entendemos que a difusão de informações, a valorização da nossa cultura juntamente com o emprego de novas tecnologias, e o conhecimento adquirido por meio da Educação Profissional permitirão a participação na construção de um futuro desenvolvido, jamais esquecendo nossas raízes, quem somos, e o quanto podemos evoluir por meio da educação. 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

HISTÓRIA DE COCAL



O nome Cocal, referencial de identificação da região que antes era conhecida como Data Capiberibe, foi elaborada pelos fundadores do novo município para homenagear a “primeira moradora” do lugar, a viúva Camila Silva, que tinha plantado à frente de sua residência duas enormes palmeiras do coco babaçu. Mas a história do município de Cocal não pode ser banalizada por um fato isolado que restrinja discutirmos a presença de outros povos em nossa região além da citada existência da família de Camila Silva.
A história nos remete a um passado muito mais extraordinário do ponto historiográfico e que somente levantado um apanhado minucioso e criterioso de cunho científico, poderemos entender e desvendar a nossa própria história. Durante décadas o município de Cocal esteve submetido a uma farsa agonizante de desenvolvimento, liderado por uma elite de déspotas esclarecidos que manusearam e modificaram o verdadeiro sentido da palavra progresso.

PRÉ-HISTÓRIA
Para conhecermos um pouco melhor Cocal, precisamos remetermos a tempos remotos, para então podermos remontar um progresso tão almejado. A começar pelo contexto pré-histórico, onde nosso município fazendo parte, ainda preserva vários vestígios de antigas civilizações, onde encontramos inúmeras pinturas rupestres que datam de milhares de anos. Outro legado desses grupos são os inúmeros nomes de lugares e objetos de origem indígena que adotamos em nossa linguagem como: Coivara (fogo no mato), Piranji (rio do peixe), Pirapora (salto do peixe), Itapecuru (serra alta), Caatinga (mato branco), etc.
Durante milênios se desenvolveram sociedades tribais organizadas que dominaram toda a região vivenda da caça e da pesca. As regiões com maior frequência desses vestígios no município de Cocal compreendem o Caldeirão de Pedra, Pedra de Torres, Pedra Pintada, Cafurna, Serra do Chumbo, Serra do Arco, Barreiro e etc., onde encontramos uma enorme variedade de vestígios humanos que nos remontam a nossa pré-história.

COLÔNIA E MONARQUIA
Desde o período das Capitanias Hereditárias, nossa região ficou subordinada ao domínio português onde, ora pertencente à Capitania do Maranhão, ora à de Pernambuco, mas ignorada por séculos por não ser no litoral e nem possuir terras férteis para a plantação da cana de açúcar (principal produto de exportação para Europa, produto este que fez da região nordeste a primeira região mais rica do país). Era conhecida como Sertão de Dentro e servia apenas como espaço intermediário entre duas cidades importantes da época, São Luiz (MA) e Fortaleza (CE).
Nativos que viviam nessa região fugiram para o vizinho estado cearense quando se deu a exploração dessas terras pelos colonizadores enviados pelo Rei de Portugal para explorar e ocupar a fim de que não fossem invadidas por povos estrangeiros, e para isso instaram fazendas de gado.

IGREJA MAIS ANTIGA DO PIAUÍ, TALVEZ

Na região conhecida como Frecheiras, encontra-se um templo construído em épocas remotas o qual desafia o tempo e a própria imaginação humana.
O templo de Nossa Senhora do Rosário, historicamente tem chamado a atenção de curioso e historiados pelo total desconhecimento de sua construção e pelas lendas que envolvem aquele magnífico tesouro historiográfico, a começar pela sua datação, confeccionada em alto relevo, representada por quatro números em posição circular cunhadas em folhas de um trevo estrategicamente em uma de suas torres, observa-se o número 1616. Sendo essa a data de sua edificação, torna-se a igreja mais antiga do Piauí, e uma das mais antigas do Brasil.
Mas não só pela sua datação, vários vestígios caracterizam sua formação, similar às igrejas jesuíticas do período colonial construídas no litoral nordestino, típica dos jesuítas maranhenses. As paredes do templo chegam a mais de um metro e meio de largura, sendo todas construídas em pedra e um tipo de argamassa ainda não identificada. Em seu interior encontram-se imagens antiguíssimas, como a de Nossa Senhora do Rosário do estilo barroco século XVIII, pesando aproximadamente 80 kg, e esculpida em madeira com uma fina cobertura de resina colorida. Possuí uma iluminação à base de carbureto que passa por uma encanação metálica – ou cobre – percorrendo todo o templo e terminando em um tonel. Nas paredes laterais encontramos inúmeras lápides com inscrições dos descendentes falecidos e sepultados naquele lugar, dentre elas, há uma inscrição sobre a presença do Alferes José de Almeida Portugal. O altar é esculpido todo em madeira e tem uma composição de cores e estilo similar aos altares góticos na Europa.
O templo de Nossa Senhora do Rosário pode ter sido construído pelas missões jesuíticas no século XVII numa posição estratégica para as respectivas missões e catequização do estado do Piauí.

UMA DAS PRIMEIRAS MORADORAS DE COCAL, NÃO A PRIMEIRA
É fato que há mais de 200 anos já existiam várias famílias residindo nessa região, e que ajudavam a atrair outras famílias oriundas do vizinho estado do Ceará que desciam da Serra da Ibiapaba e se aventuravam na procura de terrenos férteis para plantar e conseguir, através de doações, “sesmarias” ou da compra de terrenos, garantir o seu sustento e ter a sua propriedade.
Antigos moradores relatam a existência de uma senhora branca e cabelos lisos, conhecida como Camila Silva, habitando este lugar, morando em uma casa onde plantara duas palmeiras em frente, que servia de local de descanso para muitos viajantes e seus animais que por ali passavam. À base de relatos a respeito dessa senhora, Cocal ficou conhecido entre seus habitantes por muito tempo como a “terra de Camila Silva”, sendo esta “a primeira habitante de Cocal”, mito este que não é verdade, pois até mesmo povos indígenas já habitavam este lugar, como este mesmo artigo menciona acima.

DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento da região deu-se principalmente à sua proximidade com a cidade de Parnaíba (PI), a cujo município pertencia, e do qual recebia influência comercial. Mas um fato decisivo para o progresso da região foi a construção de uma estação ferroviária que ligaria o porto marítimo da cidade de Luís Correia (MA), passando por Parnaíba até a capital Teresina (PI), inaugurada em 1923, período em que a região ainda se chamava Data Capiberibe. A vila prosperou rapidamente, onde anos depois passou a ser o principal centro de distribuição de gêneros alimentícios.
O comércio local se desenvolveu, sendo os comerciantes os responsáveis pela emancipação desse lugar, pois formularam um abaixo assinado que solicitava ao governado do Piauí a criação do novo município, em 1973, mas somente em 22 de agosto de 1947, este povoado foi elevado à categoria de cidade.

NO PRÓXIMO ARTIGO: PONTOS TURÍSTICOS DE COCAL.

Esse artigo é composto de fragmentos retirados da obra literária Cocal, do escritor João Araújo Passos, também professor, historiador, poeta, filho de Cocal, apaixonado por esta terra e seu povo. (Gentilmente cedido)




domingo, 14 de setembro de 2014

EM DESENVOLVIMENTO

Página destinada às principais notícias do CEEP Rural Dep. Ribeiro Magalhães de Cocal - PI. Aguarde...